segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sobre viagens e filhos

Não há dúvida de que a vida de todo casal muda muito após a chegada dos filhos, especialmente no que se refere às viagens de lazer. Aquela independência de poder se programar de última hora, de escolher qualquer destino sem se preocupar muito com a infraestrutura, segurança, alimentação, passeios e até a oferta e rede local de cuidados de saúde...Tudo isso fica para trás depois da maternidade.

Viajar sem os filhos, especialmente pequenos, também é uma questão polêmica: existe idade certa para deixar os pimpolhos? Onde é melhor que eles fiquem, em casa mesmo ou na casa de parentes? Quem ficará responsável? Por quanto tempo? Isso sem contar inúmeras outras dúvidas: as crianças ficarão bem ou sentirão a falta dos pais? Como fazer com que a rotina delas seja afetada o mínimo possível em termos de horários, alimentação, diversão? É possível que os pais se desliguem de tudo e realmente aproveitem a viagem?

A verdade é que não existem nem respostas únicas, certas ou fáceis para cada uma dessas questões, cabendo à cada família fazer suas escolhas com base naquilo que acredita. Na minha experiência pessoal, percebi que não consigo delegar essas responsabilidades todas e nem tampouco ficar bem, emocionalmente, com a decisão de viajar sozinha com meu marido. Nos seis anos de minha filha, na única vez que fizemos isso acabei ficando preocupada o tempo todo, mesmo sabendo que era um passeio curto de menos de uma semana. Isso tudo sem contar que depois de dois dias ela começou a sentir nossa falta, fazendo perguntas sobre nossa volta, dizendo que queria ver a gente...Aí mesmo é que me senti pior ainda e adeus qualquer possibilidade de curtir a viagem!

Depois dessa viagem frustrante, aprendi a buscar alternativas para as viagens de lazer que incluíssem minha filha (
de fato, a coisa mais comum que vi nessas nossas andanças, principalmente pela Europa, é família viajando unida, com duas, três às vezes quatro crianças, carrinhos de bebê...)

No nosso caso, já fomos para vários lugares juntos, e realmente gostamos de estar com ela, de mostrar esse mundo gigante para ela, com diferentes pessoas, línguas, cheiros, comidas, belezas e também problemas, claro! Ela mesma nos surpreende com algumas ideias, como a coleção de monumentos que decidiu fazer após visitar alguns países e de bonecas com trajes típicos de cada lugar visitado.


Não sei o que o futuro nos reserva, mas por enquanto essa fórmula tem dado muito certo para a gente. E acho mesmo é que daqui a muito pouco tempo ela cresce e vai acabar decidindo que viajar com os pais é um mico danado, que melhor mesmo é viajar com a turma e aí vai ser ela quem vai nos deixar para trás!!! Dureza, né?

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